Desculpa…

Mas você não pode abraçar o mundo. Você não é infalível. Você não precisa ser o que não é. Você não precisa sentir vergonha de dizer desculpa. Em alguns casos, você pode até ser a desculpa de alguém – mas só se for por algo muito especifico e que não machuque nenhum dos envolvidos no processo 🙂.

Algumas coisas são óbvias na desculpa. Como desculpa, a desculpa se complica um pouco, mas ela não é única e nem define quem é o sujeito.

Tem quem viva delas, as desculpas. Tive fases da vida em que essa palavra era dita com frequência por mim. Em outras, percebi que tinha quem tivesse que se desculpar, mas teimava em não dizer. Há desculpa em tudo, mas nem toda desculpa é tudo.

Errei. Erro. Devo continuar errando. Por isso, desculpa… mas em minha defesa tenho tentado resistir a alguns tropeços da vida para não ter que me desculpar.

É preciso mais do que uma desculpa para entender um sujeito. Sujeito esse que pode não estar bem e talvez não entenda que não precisa pedir desculpa para tudo. Não há desculpa em tudo, tampouco para tudo.

Você não é infalível. Em algum momento você vai dizer desculpa. Só diga se for necessário, não porque é conveniente. Há valor na desculpa. É capaz de nos fazer refletir sobre quem nós somos, ou quem queremos ser.

Não tema a desculpa. Eu não temo. Peça desculpas, sim, quando achar que deve. Não se obrigue a se desculpar.

Texto e foto compartilhados inicialmente no Instagram @ricardoandretto